Vulnerável, é o estado da paixão!



Não há definição melhor para o estado de latente letargia.

Os olhos, olham à ermo, o pensamento tomado de paixão, ocupado pelo ser especial, sobrevoam a terra em uma dimensão só entendida pelos mesmos abobalhados. As borboletas no estômago, moram, fazem acasalamento e metamorfoseiam, soltando suas asas a avoarem numa profusão sem fim.

As palavras se aconchegam em corações de tamanhos infindos, cheiram ao perfume dos acordos, feromônios de verbos dançantes, as palavras poucas, salteiam nos pequenos pedaços de papel, linhados, que se dobram e se origamizam a fim de desenharem o melhor cenário.

Postos em cima da mesa, nas mãos receptivas do alvo do amor, os bilhetes, as cartas, magicamente desalinham os parágrafos, formulam, bordeiam frases, entram na mente e no coração, são como flechas envenenadas pelo mais puro bálsamo.

Neste estado fragilizado, bambeiam-se as pernas, tremulam-se as mãos, cortam-se a fome, ditam-se a noite e o dia.

Tudo à volta passa a ter colorido vibrante, os doces são mais, as dores são menos, e os seres flutuam em meio aos carros andantes, fogem aos sentidos da vida.

Passam os dias, as tardes, as horas infindas, aumentam as olheiras, os beijos secam as bocas, os corpos tornam-se um, não há mais espera, só esperança.

Em uníssono o amor é supremo!

Vulnerabilidade é o estado de amar!

E nele tornamo-nos os leões de todo o reino!

Anna Costa

08/09/2020.

 

 

 

 

 

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