Vulnerável, é o estado da paixão!
Não há definição melhor para o estado de latente letargia. Os olhos, olham à ermo, o pensamento tomado de paixão, ocupado pelo ser especial, sobrevoam a terra em uma dimensão só entendida pelos mesmos abobalhados. As borboletas no estômago, moram, fazem acasalamento e metamorfoseiam, soltando suas asas a avoarem numa profusão sem fim. As palavras se aconchegam em corações de tamanhos infindos, cheiram ao perfume dos acordos, feromônios de verbos dançantes, as palavras poucas, salteiam nos pequenos pedaços de papel, linhados, que se dobram e se origamizam a fim de desenharem o melhor cenário. Postos em cima da mesa, nas mãos receptivas do alvo do amor, os bilhetes, as cartas, magicamente desalinham os parágrafos, formulam, bordeiam frases, entram na mente e no coração, são como flechas envenenadas pelo mais puro bálsamo. Neste estado fragilizado, bambeiam-se as pernas, tremulam-se as mãos, cortam-se a fome, ditam-se a noite e o dia. Tudo à volta passa a ter colorido vibrante