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As Minhas Abóboras

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No canteiro da vovó tinha alface e jiló  Tinha batata também.  Tinha tomate, quiabo e um pé de abricó.  Quando eu era pequenina comia doce de manga feito em fatia  levava sempre um pouco para a minha amada tia.  Eu gostava de olhar as bojudinhas crescerem,  num dia eram broto noutro abobrinhas.  Uma delas me chamou, chamou muito a atenção,  eu ficava até deitado de rosto colado no chão.  Eram as minhas preferidas, as abóboras de pescoço,  vovó pegava as verdinhas e as deitava no poço.  Descascá-las era o meu passatempo preferido,  aliás era eu de todos, o neto preferido.  Via as abobrinhas esparramadas no chão,  eu gostava e arrancava uma a uma no puxão.  Juntava as gorduchas com cuidado na cozinha,  Até que um dia apareceu, uma bruxa bem magrinha,  e num toque fez sumir todas elas d’uma vez.  Fiquei triste que tristeza sumiram uma, duas, três.  Chorei, esperneei como de costume.  Ora que cois