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Do Meu Corpo eu Sabia

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Do meu corpo eu sabia, em que chão pisava, sabia de todos os passos contados, eu sabia, tinha o total controle. A rotina e o tédio já faziam parte de toda a atmosfera sem gosto, sem ar era eu um ser vagante à procura de migalhas, pois tinha fome. O sol não mais brilhava em profusão, o calor já não era demais e a lua já não me chamava como antes, era tudo ilusão. Naquele dia, na bela manhã, a alma encontrou o seu par, não enviou sinais, saiu de mim e foi namorar. Era um dia qualquer, mas lá no alto, lá em cima de mim, já havia fogos de artifícios, por conta do amor. Eu acho que hoje, eles brincam de esconde, esconde e riem à toa, pois há um embriagamento de tanta paixão. Vejam, ainda brilha no céu a frase riscada, “Aqui vai um casal de mãos dadas, eles trilham a sua própria estrada”! Do meu corpo eu sabia, hoje, ele se atrelou ao seu, te amo, meu amor!
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EU QUERO TE AMAR! Eu quero te amar, tanto quanto ama a ave, os filhotes.    Eu quero te amar, tanto quanto ama as células, o corpo.    Tanto quanto você ama o time e sua vitória!    Eu quero tanto,   mas preciso aprender a dizer muitas coisas,   mesmo que as palavras sejam pontiagudas.    Preciso ver a tua dor, para que eu não seja capaz de ferir-te,   pois quero muito te amar.    E querendo assim,   tão profundamente é que me afasto, pois,   Preciso avistá-lo ao longe,   sentir tua falta,   para que os meus olhos tenham piedade, do próprio ser.    Sofrendo,   vertendo lágrimas de dor,   serei capaz de raciocinar,   de pensar sobre a loucura que é ficar sem você.    Serei um ser diminuído, sim   mediante a grandeza da mãe natureza e ela me dirá:   Não sejas fraco, não se dobre mediante tal tristeza,   Porque sou a própria fênix alada, guiada,   Penalizada, mas sou a própria glória!   Eu quero te amar e direi a todo instante,   Não perderei nenhum só instante,   apenas quero te amar!  
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  Quem Sabe Amar? Amar, Amar e Amar! É Obra de Deus, não querer, não pensar? É obra do santo, querer ir ou ficar? Ou é obra da mãe natureza, trazer e levar? Amar e amar é quando meus olhos lacrimejam. É quando minha boca sedenta te beija ou é quando eu olho, pro mar? Amar é amar! Não importa o momento amado. Não quer dizer que eu seja um tolo. Quer dizer que emano o dom de voar. Sair por aí a cantar, sem pestanejar. Amar é cantar? Fecho os olhos e ouço a melodia. Balbucio o refrão noutra língua. Não importa se noite ou dia. Amar é qualquer coisa que dá, No âmago da alma da gente, É alegria que emerge de lá, É o canto da serpente, É conto, religião e poesia, É, são os dentes escancarados, No sorriso de toda gente! Amar? Ah!... Deixa pra lá... Anna Costa. Imagem: PIXABAY  

Vulnerável, é o estado da paixão!

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Não há definição melhor para o estado de latente letargia. Os olhos, olham à ermo, o pensamento tomado de paixão, ocupado pelo ser especial, sobrevoam a terra em uma dimensão só entendida pelos mesmos abobalhados. As borboletas no estômago, moram, fazem acasalamento e metamorfoseiam, soltando suas asas a avoarem numa profusão sem fim. As palavras se aconchegam em corações de tamanhos infindos, cheiram ao perfume dos acordos, feromônios de verbos dançantes, as palavras poucas, salteiam nos pequenos pedaços de papel, linhados, que se dobram e se origamizam a fim de desenharem o melhor cenário. Postos em cima da mesa, nas mãos receptivas do alvo do amor, os bilhetes, as cartas, magicamente desalinham os parágrafos, formulam, bordeiam frases, entram na mente e no coração, são como flechas envenenadas pelo mais puro bálsamo. Neste estado fragilizado, bambeiam-se as pernas, tremulam-se as mãos, cortam-se a fome, ditam-se a noite e o dia. Tudo à volta passa a ter colorido vibrante

É A Vez

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Havia um monstro morando em mim, ele era gigantesco, tinha muitos braços, uma infinidade de olhos e nenhum ouvido. Em certos tempos se fazia de pelúcia, cara de bonzinho, abanava o rabo e punha as garras de fora. Desdobrava as asas e cuspia fogo como um dragão, a droga é que não só às outras pessoas ele feria, deixava igualmente marcas profundas em mim. Morava também em minha cabeça um enorme reino com seus castelos azuis, cujas paredes eram feitas de açúcar e um chão de algodão. Eu passeava por ele saltitante e sorridente até encontrar os olhares nos espelhos, eles me acompanhavam a cada movimento, havia também uma Alice e o seu poder de sedução, mas encarei as cartas malfazejas, o coelho perverso e aquela rainha enlouquecida. Para que ninguém se perdesse em meu universo, resolvi espalhar folhas escritas por aí, é certo que alguns contos desprenderam-se das linhas e uma a uma das palavras pousaram no solo fértil da imaginação. Agora, mora em mim uma esperança, ela tem tantas cores que

Impossibilidades!

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Penso que às vezes sorrio, são só flexões de uma carne rija. Às vezes os olhos avisam, é só lentidão de pestanas pesadas. Creio que a mão acena, é involuntário, tensão, Mas se penso em Você, o coração dispara, é amor, mais nada. AnnaCosta.

A vida?

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  Não sei dela, Só sei que ela surpreende, Então não sei, Não sei. Ontem? Corriam lágrimas pela face Chegaram ao chão Hoje? Os olhos brilham de vontade. De vida. Dela? Não sei nada não. Só sei que o sorriso sorriu, Levantou a bochecha, Nem olhou no chão. O andar? Sei que está firme. Os pés? Não precisam de sapatos, Precisam de leveza, Limpeza, Liberdade, De massagem das mãos. As mãos? Seguram canetas, Papéis, Papéis de peça, de filme, Poemas, poesias. Seguram um futuro e Uma vida. Dela? Não sei não, Só sei que para ela Empresto a minha existência. O corpo? Este não habita em si mesmo, Foge às vezes, Permeia em campos, Se lambuza de sol, Arrepia-se de vento, Nele cabem saudades, Cabe amor. A alma? Esta volteia, Se veste de gente, Imita a arte, Se deita em sonhos. A vida? Só sei que é brilhante, Como pedra preciosa.   Anna Costa. Imagem extraída do Pinterest.