Castigo
Como sua majestade Lhe concedo a chance de me pedir perdão Disfarce o sorriso do rosto Não rasgue de sarcasmo sua tez de belo moço Quero que curve sua atitude até o chão Beije os meus pés se preciso for Desmanche de mim a carapaça De mulher birrenta e brava Seja submisso uma única vez, por favor. Ponha em meus olhos a chama, a admiração do primeiro momento Seja condescendente meu amor. Traga em suas mãos os finos óleos, o ouro mais puro, o amor mais profundo, e no coração, a lisura da intenção. Deleite–se nesta, que será a última chance Descarregue em mim suas juras de amor e paixão faça de mim a mulher mais amada e eu curvarei minha capa minha coroa minha majestade o que me é mais caro, em suas mãos. Mas se tudo isso não importar se minha nudez não bastar mandarei a ti castigar. Ficarás enclausurado em masmorra mesmo que dure a inteira vida uma eternidade. Mas quem sabe um vento desfaça um dia passado a desgraça ou quem sabe eu mesma morra de amor, ou de pura loucura. Ana Cris