Descarado
Descarado
Taí. O
mascarado, o vi afinal.
Alegria,
confete, arlequim!
Samba
a mulata, sem igual!
Cantai
tamborim!
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Chove
chuva de papel,
Repique
de repente!
Sai
da frente coronel,
Dê
passagem a toda gente!
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Taí. O
mascarado, o vi afinal,
Guardava
sua cara na bendita,
Hoje
aparece sem laço nem fita,
É
tolo, um cara-de-pau!
............................................
Chove
chuva de papel,
Contratos
e acordos picados,
Sua
cama é daquelas com dossel,
Enquanto
morre-se por todo lado?
..........................................
Sem
remédio sem comida,
Cidadão
acorda cedo e vota,
Senão
é prejudicado na vida.
No
bolso vazio nenhuma nota!
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Taí. O
mascarado, o vi afinal,
Passou
aqui vestido de bom moço,
Talvez
em outro carnaval,
Sua
roupa listrada o leve,
Ao seu último Carnaval,
O
fundo do poço.
Anna
Costa.
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